A AMBIÇÃO

Ambição é o desejo intenso de riqueza, poder, glória ou honras; ou seja, é o desejo veemente de possuir riquezas sem necessidade ou o de ser grande sem poder, nem merecer.

É um dos sentimentos da alma, semelhante ao da avareza, que a prende às coisas terrenas e materiais, fazendo se esquecer do Reino dos Céus e levando a perder o amor a Deus e consequentemente sua fé e salvação.

O Evangelho do Reino dos Céus, de nosso Senhor Jesus, opõe-se à ambição porque esta gera a morte espiritual. O homem que ambiciona muita coisa cai da graça de Deus, porque dá lugar em sua vida ao espírito de avareza, luxúria, engano, soberba, infidelidade, entre outros. E assim ficará preso às coisas deste mundo e não herdará o Reino dos Céus.

Por isso que Nosso Senhor Jesus combate a ambição em sua doutrina, dizendo assim: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”. Nesta doutrina, coração quer dizer espírito, ou seja, que poderá viver eternamente. Ora, se for santificado e unido ao Consolador e ao seu Sucessor, adquire saúde para o corpo e virtudes para o espírito, e viverá eternamente.

Jesus Cristo ensinou, portanto, que aquele que põe o seu coração nas riquezas ou nas coisas terrenas, ainda que sejam sem valor algum, fica preso por elas e ligado às mesmas pelo sentimento da avareza; e não obterá santidade a fim de ir para os Céus, nem ficará com o Espírito Santo.

Por isso, ensinamos os fiéis a querer e a fazer todas as coisas com naturalidade e justiça, observando o útil e o necessário.

É lícito aos filhos de Deus, de acordo com esta doutrina, possuir bens materiais e riquezas, desde que sejam justos, honestos e observem em tudo o lícito, o útil e o necessário. Podem possuir ou querer propriedades, bens e outras coisas, mas, nunca com ambição. Podem até ser úteis empregadores, tendo os seus negócios e proporcionando trabalho ou emprego aos que vivem de salário.

Às vezes, a ambição é tanta que leva as criaturas a comprar sem poder, fazendo dívidas sem meios para resgatá-las; ou usa de empréstimos e de crediários sem poder, e se atiram em muitos negócios, vindo, posteriormente sérias dificuldades por falta do cumprimento de suas obrigações. E, quando as coisas correm bem, não pensam que poderão sobrevir dias difíceis; e se comprometem com muitas dívidas; e depois ficam embaraçados sem poder pagar. Tudo isso é pecado e causa escândalo.

Quando alguém se apaixona por alguma coisa na terra, não pode agradar a Deus, porque se esquece dEle. E, não sendo amigo de Deus, Ele também não o recebe no Reino dos Céus. Ao invés de pôr o seu coração nas coisas terrenas e encher-se de cobiça e inveja, ame as coisas celestiais e ao seu próximo, de modo que seja verdadeiro o seu amor ao nosso Pai Criador.

Fazendo sempre o bem e vivendo esta doutrina, ajuntarás tesouro nos Céus, onde estarás reservado para si o lugar entre todos os Santos e o galardão que merecer. Qualquer filho de Deus pode querer e buscar muitas coisas para seu bem-estar e sua felicidade, porém, não deve buscá-las com ambição, com desonestidade e nem em prejuízo do cumprimento de obrigações já assumidas. Não devem querer alcançar tudo de uma vez, mas, com paciência e cada coisa ao seu tempo.

Aquele que confia em Deus, faz a sua santa vontade e assim, contará com a sua bênção e com o amparo e proteção da Santa Vó Rosa e do Santo Irmão Aldo, sendo, portanto, sábio e bem-aventurado em tudo o que fizer.

Pregando este mesmo Evangelho, escreveu o amado Apóstolo São Paulo: “Sedes unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos”.

Procure viver sempre em conformidade com a vontade de nosso Pai Celestial, buscando sempre no Reino dos Céus a sabedoria e a sua justiça. E assim, bem-aventurado será; gozo, paz e alegria terão sempre em seu coração, porquanto não lhe faltará a graça do Espírito Consolador e do Santo Pastor.

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